<i>"The Name of Our Country is América" - Simon Bolivar</i> The Narco News Bulletin<br><small>Reporting on the War on Drugs and Democracy from Latin America
 English | Español | Português | Italiano | Français | Deutsch | Nederlands August 15, 2018 | Issue #57


Making Cable News
Obsolete Since 2010


Troca Cores: blackwhiteabout colors

Imprima

Busca no Narco News

Narco News Issue #56
Complete Archives

Narco News is supported by The Fund for Authentic Journalism


Follow Narco_News on Twitter

Sign up for free email alerts list: English

Lista de alertas gratis:
Español


Contact:

Publisher:
Al Giordano


Opening Statement, April 18, 2000
¡Bienvenidos en Español!
Bem Vindos em Português!

Editorial Policy and Disclosures

Narco News is supported by:
The Fund for Authentic Journalism

Site Design: Dan Feder

All contents, unless otherwise noted, © 2000-2011 Al Giordano

The trademarks "Narco News," "The Narco News Bulletin," "School of Authentic Journalism," "Narco News TV" and NNTV © 2000-2011 Al Giordano

XML RSS 1.0

Como a “Gripe da NAFTA” explodiu

As Fazendas Smithfield Escaparam das Leis Ambientais dos Estados Unidos para Abrir uma Fazenda Gigante de Porcos no México, e Tudo que Recebemos foi Essa Gripe Suína


Por Al Giordano
Especial para The Narco News Bulletin

29 de abril 2009

As autoridades dos Estados Unidos e Mexico afirmam que não tinham conhecimento do surto de “gripe suína” até 24 de abril. Mas após centenas de residents da cidade de Veracruz, Mexico, apresentarem os sintomas, a estória já havia chegado a impressa nacional mexicana em 5 de abril. O diário La Jornada relatava:

Nubes de moscas emanan de las lagunas de oxidación donde la empresa Granjas Carroll vierte los desechos fecales de sus granjas porcícolas, y la contaminación a cie- lo abierto ya generó una epidemia de infecciones respiratorias en el poblado La Gloria, del valle de Perote, dijo Bertha Crisóstomo López, agente municipal del poblado.

Na cidade de 3.000 habitantes, centenas dos quais relataram severos sintomas de gripe em março.

Dr Sanjay Gupta, da CNN, noticiando do Mexico, identificou uma criança de La Gloria que contraiu em fevereiro o primeiro caso de “gripe suina”, o “paciente zero” é Edgar Hernández de cinco anos, hoje um sobrevivente da doença.

No La Jornada o colunista Julio Hernández López preenche as lacunas corporativas para explicar como as Fazendas Smithfield da Virginia, vieram para o México: em 1985, as Fazendas Smithfield, receberam o que foi na época, a multa mais alta da história – $12.6 milhões de dólares – por violar o Ato Contra a Agua Limpa dos Estados Unidos em suas instalações de porcos próximas ao Rio Pagan em Smithfield, Virginia, um tributário que corre para Chesapeake Bay. A empresa, segundo a Agencia de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) despejou excrementos de porcos no rio.

Esse foi um caso no qual a lei ambiental dos Estados Unidos conseguiu forçar um poluidor, as Fazendas Smithfield a construir uma estação de tratamento do esgoto em suas instalações, após décadas usando o rio como uma privada gigante. Mas o “livre comércio” abriu caminho para as Fazendas Smithfield simplesmente mudarem as suas práticas danosas para o vizinho México e escapar de regulamentações mais rígidas.

O Tratado Norte Americano de Livre Comércio (NAFTA) foi estabelecido em janeiro de 1994. Naquele mesmo ano as Fazendas Smithfield abriram a “Carroll Ranches” no estado mexicano de Veracruz através de uma nova corporação subsidiária, as “Agroindustrias de México.”

Diferentemente do que a lei exigia das Fazendas Smithfield nos Estados Unidos, as suas novas instalações no México – processando 800.000 porcos ao ano, em toucinho e outros produtos – não têm uma usina de tratamento de esgoto.

Segundo a revista Rolling Stone, a Smithfield abate aproximadamente 27 milhões de porcos ao ano para produzir mais de 2. 72 bilhões de quilos de produtos suínos empacotados. (A instalação de Veracruz contribui com três por cento da sua produção total.)

O reporter Jeff Teitz noticiou em 2006 sobre as condições das instalações da Smithfield nos Estados Unidos (lembre-se: o que voce vai ler descreve condições que são mais sanitárias e regulamentadas do que as condições do México)

Os porcos da Smithfield vivem as centenas ou milhares em celeiros semelhantes a armazéns, em corredores de cercados. As porcas são inseminadas artificialmente e alimentadas e dão a luz a seus leitões em celas tão pequenas que não permitem que elas se virem. Quarenta porcos machos adultos de 140 quilos em geral ocupam um cercado do tamanho de uma pequeno apartamento. Eles se pisoteiam até a morte. Não há entrada de luz solar, palha, ar fresco ou terra. O piso é de ripas para permitir que o excremento caia nos na área de coleta sob as ripas, mas muitas outras coisas alem de escremento entram nos cercados: placentas, leitões que são acidentalmente amassados por suas mães, baterias velhas, garrafas de inseticidas quebradas, seringas de antibióticos, porcos recem-nascidos – -qualquer coisa pequena o suficiente para passar pelos canos de 30 centimetros que drenam os cercados. Os canos ficam fechados até que tenham acumulado esgoto suficiente nos cercados para criar uma boa pressão de exclusão: os canos são então abertos e tudo explode em uma grande lagoa.

A temperature dentro das casas dos porcos é sempre acima de 32.2centigrados. O ar , saturado quase a ponto de precipitação com gazes de excremento e produtos químicos, pode ser letal para os porcos. Grandes ventiladores ficam ligados 24 horas por dia. Os sistemas de ventilação funcionam como os ventiladores de pacientes terminais: se les quebram por qualquer período de tempo, os porcos começam a morrer.

Imagine o que acontece quando tais formas intensivas de produção de porcos se deslocam para territórios desregulamentados onde as autoridades mexicanas permitem que ricos interesses conduzam os seus negócios sem supervisão adequada, abusando ao mesmo tempo dos trabalhadores e do meio-ambiente.. E aí esta: A violência provocada pela NAFTA em termos claros e de fácil compreenção.

A chamada “gripe suína” explodiu por que um desastre ambiental simplesmente se deslocou (levando consigo os empregos dos trabalhadores dos Estados Unidos) para o México onde as leis ambientais de segurança dos trabalhadores, se existem, não são cumpridas diante das poderosas corporações multinacionais.

Falsas construções mentais de fronteiras – do tipo que faz com que cidadãos dos Estados Unidos e México imaginem uma variedade como essa de gripe, invadindo as suas nações vindas de outras terras –levaram um grande choque pelo atual frenezi da midia sobre a “gripe suina.” Nesse caso, as politica de comércio dos eEtados Unidos –México criaram uma bomba relógio em Veracruz que já matou mais de 15 mexicanos, e pelo menos uma criança nos Estados Unidos, criando uma gigantesca placa de petri na forma de uma fazenda de porcos para gerar toucinho e presunto para venda internacional.

Nada indica que essa variedade de gripe tenha nascido no México, mas sim, que o Tratado de Livre Comércio Norte Americano criou as condições ideais para gestação da gripe tornando-se, pelo menos, epidemica em la Gloria e agora na Cidade do México, e ameaçando se tornar pandemica internacional.

Bem vindos as consequências do “livre comércio”. As autoridades agora querem que voce pegue uma máscara de hospital e evite contato humano até que o surto se dissipe. E se voce começar a sentir tontura, ou calores com febre, ou outros sintomas começarem a incomodar a você ou seus filhos, lembre-se: O nome real dessa enfermidade é “ A Gripe da NAFTA”, a primeira do que pode vir a surgir internacionalmente em termos de novas doenças; resultado direto dos acordos de “livre comércio” que permitem que empresas como as Fazendas Smithfield escapem de regulamentações de saúde, segurança e anbiental.

Tradução por Ana Amorim - Cartas ao Sistema de Arte

Share |

Read this article in English
Lea Ud. el Artículo en Español

Discussion of this article from The Narcosphere


Enter the NarcoSphere for comments on this article

For more Narco News, click here.

The Narco News Bulletin: Reporting on the Drug War and Democracy from Latin America